segunda-feira, 15 de junho de 2009

Está cheio?


De conversa com um amigo que tive a oportunidade e o prazer de rever à dias, a certo momento e a propósito de bebermos mais uma imperial,ou não, uma discussão filosófica sempre pertinente,recordou-se o meu amigo, professor, também ele, de um episódio passado numa sala de aula com um colega nosso:
Numa aula de Física, o professor, com um jarro de vidro cheio de pedras grandes, pergunta aos seus alunos: está cheio o jarro? Os alunos, ainda que desconfiando do óbvio da questão, respondem que sim; sim, professor, está cheio. O professor acena com a cabeça,desloca-se à secretária, e, de um saco, retira um punhado de pedras mais pequenas e coloca-as no mesmo jarro. De seguida, pergunta, novamente, aos alunos: está cheio o jarro? Agora sim, professor, está cheio, não cabem mais pedras. Agora, não evitando mesmo um ar sarcástico, o professor, desloca-se, novamente, à secretária de onde retira uma mão cheia de areia que escorreu apressadamente entre as pedras. Mesma pergunta, mesma resposta, mesmo movimento do professor para, desta vez, verter uma lata de cerveja fresquinha, fresquinha (acto criminosoa a não repetir sff)sobre as pedras e a areia. Moral da história (não é erro, é para ser escrito mesmo assim) não estragar cerveja com experiências parvas e a não ser que vá conduzir a seguir a ler o post, há sempre espaço para mais uma cerveja.
Para mais uma cerveja e para aquilo que mais queremos da vida, sejam mais momentos de alegria com quem amamos, se tiverem a sorte de ser correspondidos, mais momentos de alegria com a família que escolhemos, os nossos amigos, se tivermos a sorte de os ter por perto e momentos com a família que não escolhemos, com que nascemos mesmo. Os nossos compromissos profissionais, os momentos de lazer e de retiro espiritual, todos eles, devem ter lugar na nossa vida, apenas temos que lhes atribuir a importância que devem ter, fazer deles pedras, a base da nossa vida, grãos de areia que nos preenchem, um pequeno grão de areia de alegria e esperança dentro de alguém é capaz de mudar e transformar muita coisa (dentro dos calções de banho na praia, então, ui!), ou apenas a cerveja que nos refresca. Todos eles têm lugar no jarro, apenas têm que ser colocados na ordem certa. Com um bocadinho de sorte ainda cresce um eucalipto!

PS: Moral da história II, afinal não houve espaço apenas para mais uma cerveja:

Teta que la cubre la mano
no es teta es grano
Teta que la mano no cubre
no es teta es ubre

Era assim não era?
Grande abraço,
Mestre!

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